Marcilio E.

Não sou intelectual. Mas gosto muito de ler, escrever, aprender. Não sou "isso", não sou "aquilo", não sou apenas um rótulo, já que não cesso de mudar. Aliás, como tudo no mundo, não é?. Mas posso até ser, por que não? Na circunstância de proporcionar algum bem. O que quero dizer é que não pretendo nos tolher e reduzir - você que confiou em mim e eu que amo o que faço - a uma caixinha limitada. Ora, um passarinho que aprende voar sabe mais sobre coragem do que sobre voar. Pois sou mineiro de Ibiá, cidade pequena. Mudei-me aos quinze para capital de São Paulo. Estudei, aprendi, sofri com a saudade da família. Ganhei casca. De todos vestibulares que prestei, passei em três que hoje considero relevantes: engenharia metalúrgica na federal de Ouro Preto; engenharia química na federal de Uberlândia e geografia também na federal de Uberlândia. No primeiro curso me matriculei; no segundo estudei e no terceiro, finalmente, me formei professor. Creio que me apaixonei pela geografia porque o laboratório da geografia é o mundo. Aprender e ter oportunidade de ensinar, para mim, depois das paixões de ler e escrever era meu caminho natural. Pena que demorei para perceber. Na vida íntima me casei com uma enfermeira nordestina, de Fortaleza-CE. Acho que esse é um razoável resumo de mim. Com o tempo vamos nos conhecendo melhor. É isso.